Poupança tem entrada líquida de R$ 12,8 bilhões em junho
O saldo da aplicação na poupança aumentou pela terceira vez no ano, com mais depósitos do que saques no mês de junho. As entradas superaram as saídas em R$ 12,8 bilhões, de acordo com relatório do Banco Central.
No mês passado, foram aplicados R$ 348,1 bilhões, contra saques de R$ 335,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas somaram R$ 5,4 bilhões. Assim, o saldo da poupança chegou a R$ 1 trilhão.
Em maio de 2024, houve entrada líquida (mais depósitos que saques) de R$ 8,2 bilhões, assim como em março (R$ 1,3 bilhão). Já em janeiro, fevereiro e abril, os resultados foram negativos, com R$ 20,1 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão a mais de saques, respectivamente.
O resultado positivo de junho foi maior que em junho de 2023, quando os brasileiros depositaram R$ 2,6 bilhões a mais que retiraram.
Em 2023, a poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões, menor que o recorde de R$ 103,2 bilhões em 2022, em um cenário de inflação e endividamento altos.
Os saques se dão porque a manutenção da Selic – taxa básica de juros – em alta estimula investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic 12 vezes. Por um ano, a taxa ficou em 13,75% ao ano. Com o controle dos preços, o BC passou a reduzi-la, mas interrompeu os cortes no mês passado, com a taxa em 10,5% ao ano.
Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a captação líquida foi recorde de R$ 166,31 bilhões, devido à instabilidade no mercado de títulos públicos e ao auxílio emergencial.