Haddad atribui recente alta do dólar a “muitos ruídos”

Haddad atribui recente alta do dólar a “muitos ruídos”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a recente valorização do dólar em relação ao real a “muitos ruídos” no mercado. Ele reconheceu que a moeda norte-americana subiu mais no Brasil do que em comparação com outras economias emergentes e defendeu a necessidade de o governo melhorar a comunicação dos resultados econômicos.

Segundo Haddad, o dólar está atualmente em um patamar elevado, apesar de outras moedas também terem se desvalorizado globalmente. Ele explicou que a desvalorização do real foi mais acentuada do que a de seus pares, como Colômbia, Chile e México. No entanto, o ministro não detalhou quais seriam esses “ruídos” que têm provocado a queda do real.

Haddad acredita que o dólar tende a se acomodar nas próximas semanas e até mesmo reverter parte dessa alta recente. Sobre uma eventual intervenção do Banco Central no câmbio, o ministro afirmou que essa decisão cabe exclusivamente à autoridade monetária.

O ministro citou uma notícia positiva para a equipe econômica, que, na sua avaliação, precisa ser melhor comunicada: o resultado da arrecadação federal de junho, que veio acima do previsto, mesmo com os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.

Parte da alta do dólar, segundo Haddad, deve-se à expectativa do mercado em relação ao anúncio de medidas de corte de gastos no Orçamento de 2025 e do contingenciamento (bloqueio) de verbas públicas para o Orçamento deste ano. O ministro informou que se reunirá com o presidente Lula para discutir esses temas.

Haddad afirmou que a equipe econômica está com um bom prognóstico para o Orçamento de 2025 e está confiante de que enviará ao Congresso um projeto com receitas e despesas equilibradas. Quanto ao contingenciamento de verbas para 2024, o ministro disse que o governo bloqueará o necessário para cumprir a meta fiscal.

Por fim, Haddad informou que a equipe econômica fechou o Plano Safra, que será anunciado na quarta-feira, e acertou eventuais mudanças no projeto que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo.

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