Imposto mínimo de 2% sobre super-ricos multiplicaria por 10 orçamento do Ministério do Meio Ambiente

Imposto mínimo de 2% sobre super-ricos multiplicaria por 10 orçamento do Ministério do Meio Ambiente

Certamente, vou reformular o conteúdo do artigo utilizando uma linguagem mais abrangente e detalhada, preservando o seu significado original. O ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, realizou uma reunião com o ministro das Finanças da Espanha, Carlos Cuerpo, nesta terça-feira (4/6). Em entrevista à imprensa após o encontro, Haddad abordou a proposta de tributação dos super-ricos, uma medida que não está isolada e não pode ser resolvida com uma única solução, visto que envolve questões complexas em diversas áreas.

Apesar de ser uma proposta que já foi apresentada no âmbito do G20, a tributação dos bilionários não é algo novo. Pelo contrário, a própria elite financeira global já manifestou interesse nessa iniciativa, inclusive com um grupo de mais de 250 milionários e bilionários divulgando uma carta aberta em janeiro deste ano, exigindo que os governos aumentem os impostos sobre suas fortunas para combater as desigualdades e melhorar os serviços públicos em todo o mundo.

Na visão de Haddad, essa pauta de tributação dos super-ricos não deve sair da agenda política internacional, independentemente do resultado das discussões no G20 deste ano. Ele acredita que essa é uma ideia que veio para ficar, juntamente com a reforma dos organismos multilaterais e o enfrentamento da dívida dos países em desenvolvimento. Esse conjunto de iniciativas, em sua opinião, deverá ser amplamente debatido no G20 e em outros fóruns importantes.

Esse tema será abordado pelo ministro da Fazenda em uma audiência com o Papa Francisco no Vaticano, na próxima quinta-feira (6/6). O pontífice é visto como um defensor da justiça social e da responsabilidade econômica, portanto, seu apoio é fundamental para ajudar na disseminação global desta proposta.

A proposta de tributação dos bilionários envolve a criação de um sistema tributário internacional, com uma alíquota de 20% para os impostos corporativos internacionais, além da constituição de um fundo complementado pela taxação da riqueza dos super-ricos. Essa ideia vem sendo desenvolvida pelos economistas Gabriel Zucman e a premiada com o Nobel de Economia, Esther Duflo. O fundo teria US$ 500 bilhões, que seriam destinados a projetos socioambientais, com o objetivo de combater a pobreza e as mudanças climáticas.

Nos Estados Unidos, a proposta recebeu o apoio do senador Bernie Sanders, considerado uma figura emblemática da esquerda política naquele país. No entanto, o governo americano ainda não se manifestou publicamente sobre a medida, havendo resistência por parte de algumas lideranças políticas. Para que a proposta de tributação dos super-ricos seja efetiva, é necessário que haja ampla adesão, especialmente dos países mais ricos, a fim de evitar a evasão fiscal e a aplicação de multas e sanções.

Haddad destacou que a proposta afetaria apenas cerca de 3 mil pessoas, que detêm US$ 15 trilhões em patrimônio, em um universo de 8 bilhões de habitantes. Ele considera essa uma proposta “decente” do ponto de vista social, econômico e político, pois atingiria uma minoria para beneficiar a maioria da população mundial.

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