Israel planeja ofensiva no Líbano com aumento dos confrontos com o Hezbollah
As autoridades israelenses indicaram que Israel em breve decidirá se realizará uma ofensiva na fronteira com o Líbano, aumentando os temores de um conflito mais amplo, uma vez que os choques com o grupo militante Hezbollah se intensificaram.
Com a guerra em Gaza, o Hezbollah e Israel trocaram ataques constantes por meses, o pior confronto entre os dois inimigos desde a guerra de 2006 que durou um mês. Até o momento, os Estados Unidos não conseguiram negociar uma solução diplomática.
Paralelamente à escalada progressiva dos combates, houve apelos crescentes das autoridades israelenses por uma ação decisiva na fronteira norte do país, alimentando preocupações sobre um conflito regional mais amplo. Nesta quarta-feira, 5, o Departamento de Estado dos EUA alertou que uma escalada no Líbano colocaria em risco a segurança de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou estar “preparado para uma ação muito intensa no norte” durante uma visita a uma base militar na região. O líder israelense prometeu restabelecer a segurança “de uma forma ou de outra”, após o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Herzl Halevi, dizer que o Exército estava pronto e havia se preparado “para passar a uma ofensiva”.
O ministro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, prometeu que as hostilidades na fronteira seriam resolvidas até o final do verão, seja por meio de um acordo diplomático ou de uma escalada militar.
O líder da oposição, Yair Lapid, criticou o governo de Netanyahu por “abandonar o norte” do país, afirmando que a “dissuasão israelense, o respeito e a ideia de que alguém está governando este país” estão sendo afetados.
Apesar de o Hezbollah afirmar que não deseja uma guerra total, o grupo disse estar preparado para um conflito se necessário. Os Estados Unidos e seus aliados têm tentado evitar uma guerra mais ampla, pedindo um acordo para demarcar a fronteira e afastar o Hezbollah.
Enquanto isso, os ataques aéreos israelenses no sul do Líbano forçaram dezenas de milhares de pessoas a fugir, e a Human Rights Watch acusou Israel de usar munições de fósforo branco, que produzem fumaça densa e chamas difíceis de apagar.