Nasa descobre que asteroide Bennu pode ter vindo de planeta com oceano

Análises conduzidas pelos cientistas da NASA (Agência Aeroespacial dos Estados Unidos) em amostras do asteroide Bennu revelaram a possibilidade de um passado surpreendente para esse corpo celeste. O asteroide, que passa perigosamente próximo à Terra a cada seis anos, pode ter sido parte de um planeta antigo com oceano.
Essas informações foram obtidas graças à missão OSIRIS-REx, da NASA. Após uma jornada de ida e volta de sete anos, a missão coletou amostras do asteroide Bennu e as trouxe de volta à Terra em setembro de 2023.
As análises iniciais mostraram que a poeira do objeto contém os ingredientes originais que formaram nosso sistema solar, como nitrogênio, carbono e compostos orgânicos, elementos essenciais para a vida.
Agora, de acordo com um artigo publicado pela agência espacial, os cientistas notaram a presença de fosfatos solúveis em água no corpo celeste – o que sugere que o asteroide pode ter se separado de um antigo e pequeno planeta com oceano, desaparecido há muito tempo.
Essas descobertas são importantes para entender os ambientes onde os materiais de Bennu se originaram e como elementos simples se transformaram em moléculas complexas, abrindo novos caminhos para compreender a origem da vida em nosso planeta.
O asteroide Bennu, uma relíquia antiga dos primeiros dias do nosso sistema solar, testemunhou mais de 4,5 bilhões de anos de história. Acredita-se que seus materiais tão antigos possam conter moléculas orgânicas semelhantes àquelas envolvidas no início da vida na Terra.
Cientistas acreditam que a razão pela qual a Terra tem oceanos, lagos e rios é porque foi atingida por asteroides carregados de água entre 4 e 4,5 bilhões de anos atrás, tornando-a um planeta habitável. Além disso, a vida na Terra é baseada no carbono, que forma ligações com outros elementos para produzir proteínas, enzimas e blocos de construção do DNA e do RNA.
A equipe de análise de amostras OSIRIS-REx continua fornecendo descobertas novas e surpreendentes, ajudando a entender melhor a origem e evolução de planetas semelhantes à Terra. Novos artigos científicos sobre as análises da amostra de Bennu são esperados nos próximos anos.